Economia

Governo garante que vai injetar mais três mil milhões para baixar os custos do gás e da eletricidade

09 de às 10h14
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O Governo vai injetar mais três mil milhões de euros nos sistemas de eletricidade e gás para limitar os preços da energia, prevê a versão final do acordo de Concertação Social que hoje, domingo, será assinado pelos parceiros sociais.

Segundo o documento final do acordo de médio prazo para melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, a que a Lusa teve acesso, o Governo compromete-se a adotar novas medidas com vista a mitigar o aumento dos custos de energia para famílias e empresas.

“Em conjunto com as medidas regulatórias, serão injetados nos sistemas de eletricidade e de gás cerca de três mil milhões de euros adicionais, limitando assim o aumento dos preços da energia”, pode ler-se no acordo entre o Governo, as quatro confederações patronais (CIP, CCP, CTP e CAP) e a UGT, devendo a CGTP ficar de fora. Segundo o executivo, “estas medidas traduzem-se em reduções significativas do custo da eletricidade consumida pelos setores económicos, nos quais se incluem os grandes consumidores”.

As poupanças serão comunicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no dia 15 de outubro, prevendo-se reduções de cerca de 40 euros por megawatt-hora (MWh) para o gás consumido pelas empresas não abrangidas pela tarifa regulada (até 80% do seu consumo), “o que permite uma poupança de cerca de 20% a 30% face ao preço esperado em 2023”, lê-se no acordo.

O Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, chegaram a um acordo de médio prazo – ontem, sábado – para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, sendo hoje à tarde assinado no Palácio Foz, em Lisboa, numa cerimónia com o primeiro-ministro, António Costa, na véspera da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) no parlamento. Entre as medidas previstas no acordo estão ainda uma valorização dos salários de 5,1% em 2023, de 4,8% em 2024, de 4,7% em 2025 e de 4,6% em 2026.

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