Mercado tem tudo o que é bom… só falta freguesia
Os comerciantes do Mercado D. Pedro V dizem que “há falta de clientes” nesta altura do ano. Embora os produtos sejam da região, com mais qualidade e frescura, os comerciantes do mercado tradicional admitem não conseguir competir com as grandes superfícies onde é “mais cómodo e fácil” fazer as compras para a ceia de Natal.
“As pessoas desistem de vir ao mercado por causa do trânsito e com as obras a decorrer ainda é pior”, refere Graciete Cadete, vendedora de produtos da horta. Graciete vende no mercado há mais de 30 anos e conta que o número de clientes tem vindo a diminuir ao longo dos anos, mas acredita que “nos próximos dias a afluência aumente” e espera “vender
mais qualquer coisa”.
A poucos dias do Natal, os comerciantes admitem que ainda pode haver um aumento dos preços dos produtos relacionados com a ceia de Natal.
Tina Conceição, umã das vendedoras mais antigas do mercado, refere que “depois da pandemia isto piorou muito”.
“O Mercado tem tudo o quanto é bom, até calor humano, mas o que nos falta é freguesia”, disse.
No caso dos comerciantes de bacalhau, a vda tem sido “péssima”, “completamente fraca”.
“Não acredito que vá aumentar significativamente o número de vendas. Não se vê clientes aqui”, admite Irídia
Neves, proprietária da Peixaria Neves.
A proprietária da Loja Fish, Maria Coelho, contou que “esta semana tem sido muito fraca”, mas espera aumentar as vendas até ao Natal, embora o produto que vende “não possa ser deixado para a última”.
Produtos são da região
Os produtos que se apresentam nas bancas do mercado são, na sua maioria, da região de Coimbra ou dos produzidos pelos próprios vendedores. Dos produtos para a Ceia de Natal os preços entre comerciantes não oscilam muito.
A couve é vendida a 1,50€/Kg, os grelos a 2,50€/Kg, a batata varia entre os 0,60€ e os 0,80€/Kg. Já o bacalhau vai desde os 9,60€/kg até aos 15,45€/kg.
O Município de Coimbra tem realizado vários investimentos e dinamizado várias atividades e concertos no mercado, mas comerciantes dizem que o espaço está com pouca procura no que diz respeito aos produtos para a ceia de Natal.


